Cabalisticamente é conhecido pelo nome de Claunech.
Esta entidade se apresenta na forma de um cavaleiro elegante. É o décimo sexto comandado do Exu Calunga. Grandioso solucionador de casos financeiros, quando é invocado. Pois tem grande poder sobre a riqueza, protegendo as pessoas em dificuldades financeiras. Auxilia nas descobertas de tesouros escondidos, gosta de frutas, principalmente de jamelão, além de vinho tinto, no qual tem o costume de misturar com mel de abelhas.
Imagem extraída do livro – No Reino dos Exus.
OFERENDA
Elementos necessários:
Um alguidar grande
Sete bananas
Frutas cristalizadas
Bife bovino
Figado
Vinho tinto
Farinha de mandioca branca
Sete velas brancas
Sete batatas
Milho torrado
Azeite de dendê
Pipoca.
MODO DE PREPARO – lave o alguidar com água, ao secar, ponha farinha de mandioca branca com vinho tinto, fazendo uma farofa úmida. Coloque um punhado de milho torrado (não queimado) que foi feito com algumas gotinhas de dendê, em cima. Refogue o fígado, bife e batatinhas, e coloque por cima. Ponha as frutas enfeitando dentro do prato, faça um pouquinho de pipoca e coloque-as enfeitando. Leve para seu assentamento esta oferenda ou para as matas ou serras, oferecendo ao Exu Pedra Negra, despeje um pouco de vinho tinto em volta da oferenda, acenda as velas brancas, com total cuidado com a natureza, ao sair, não olhe para trás.
PONTO CANTADO PARA USAR EM PEDIDOS
Não sei o que faço,
Não sei o que resolver, Estou desesperado,
Estou para morrer. Exu da Pedra Negra,
Vem me ajudar, Faz entrar dinheiro,
Para me salvar.
PONTO CANTADO DE CHAMADA
Tem pedra na pedreira, Exu da pedra no terreiro (2x)
Tem Exu, Pedra Negra Quimbandeiro (2x)
Exu Capa Preta
Esta entidade é o décimo sétimo comandado pelo Exu Calunga, as atribuições deste Exu consistem em fiscalizar todos os caminhos, podendo provocar a desarmonia entre membros de um terreiro e derrubar o seu chefe. Sua aparição é uma capa preta, ao qual não se dá para ver sua identidade direito, daí o nome de Capa Preta. Na Quimbanda ele possui um grande poder maléfico, do estilo faca de dois gumes, isto é, trabalha tanto para o bem, como também para o mal, conforme lhe for solicitado.
Cabalisticamente é conhecido pelo nome de Musifin.
Seu “Amalá” preferido é carne crua, de preferência carnes suínas; além também de seu curiador é o marafo. É um verdadeiro mestre de magia. Deve-se evitar pronunciar até
mesmo o pseudônimo dessa entidade.
OFERENDA
Elementos necessários:
Farinha de mandioca
Azeite de dendê
Duas cebolas
Um coração de boi
Sete velas vermelhas e pretas
Cachaça
Sete charutos
Um prato de barro.
MODO DE PREPARO – lave o prato com um pouco de cachaça, faça uma farofa úmida com farinha de mandioca e azeite de dendê. Refogue rapidamente um coração de boi com uma das cebolas picadinhas em cubinhos, ponha em cima da farofa, coloque em volta rodelas de cebola. Leve para seu assentamento ou para uma encruzilhada ou cemitério, ponha o prato no chão e despeje cachaça em volta, acenda sete charutos fazendo seus pedidos ao Exu Capa Preta, ao terminar, saia sem olhar para trás.
PONTOS RISCADOS
Imagem extraída do livro – No Reino dos Exus.
Imagem extraída de um livro muito antigo – Exu Senhores da Magia
PONTO CANTADOPARA DEMANDAR
Quem nunca viu venha ver, caldeirão sem fundo ferver (2x)
Seu Capa Preta das Encruzilhadas (2x) Lá no Cemitério desmancha tudo ainda dá risadas (2x)
Quem nunca viu venha ver, caldeirão sem fundo ferver (2x)
PONTO CANTADO DE CHAMADA
Não era meia noite quando o malvado chegou (2x)
Com a Sua Capa Preta dizendo que era doutor (2x) Mas ele é Exú dizendo que era doutor (2x)
PONTO CANTADO PARA CELEBRAÇÃO
Houve uma festa no inferno
Seu Lúcifer convidou todos os capetas
Houve uma festa no inferno
Seu Lúcifer convidou todos os capetas
Seu Capa Preta apareceu de terno
Seu Capa Preta de gravata borboleta
Seu Capa Preta apareceu de terno
Seu Capa Preta de gravata borboleta
Exu Caveira
Cabalisticamente é conhecido pelo nome de Sergulath.
É a entidade responsável por zelar pelo cemitério. Sendo ele, o chefe dos cemitérios. Toda oferenda feita no cemitério deve ser feita ao Exu Caveira primeiro (e depois, as outras entidade que desejam), pois, caso não preste reverências, não surtirá o efeito esperado. Por isto sempre devemos prestar nossos “Saravá”.
“Saravá ao Omolu Rei! (O dono dos cemitérios)
Saravá ao Exu Caveira! (O zelador dos cemitérios).”
Quando estamos apenas com a oferenda de outra entidade e não preparamos nada para ele, devemos pedir licença, ao entrar em sua morada, fazendo isto sempre que for oferecer “presentes” para as outras demais entidades.
Este Exú é um pouco diferente do que nas outras falanges, ele não tem hora certa para se manifestar, ele pode vir tanto de noite, como também de dia. Mas, o momento propício para entrega é a “hora grande” quando ele sai de seu trono para fazer suas rondas costumeira. As oferendas para este Exú devem ser colocadas dentro do cemitério, perto do “Cruzeiro”, do lado esquerdo, numa sepultura preta. Sua aparição é na forma de uma caveira, daí o seu nome de Caveira. É um grande possuidor de poderes, favorece e ensina as artimanhas da guerra, a fim de vencermos os inimigos.
É importante ressaltar que embora acabam condicionando o Exu Caveira ao portão do cemitério, até mesmo nas cantigas, não é seu único ponto de força ou onde pode atuar. Esta entidade é capaz de agir em qualquer lugar que tenha trânsito de almas, nas Kalungas de Praias, Matas, nos Cruzeiros e Encruzilhadas, no alto de Campinas e etc.
Exu Caveira é o auxiliar direto de Exu Omolu (ou Omulum), ou até mesmo Omolu Rei. Esta entidade comanda 7 (sete) Exus, além de supervisionar os trabalhos do Exu do Cheiro, que comanda 49 (quarenta e nove).
“Exu Caveira ajuda a descobrir coisas ocultas, ou coisas impossíveis e desconhecidas aos olhares dos homens terreno..”
Exu Caveira, possui a função de guarda das prisões do astral dentro da Kalunga, onde estão encarceradas as almas em estado de tortura mental (sombras da consciência). Alguns que conhecem a força do Exu Caveira tem o conhecimento de que ele pode usar as almas para efetuar trabalhos de natureza muito densa e causar danos irreversíveis nas pessoas. Em polo positivo, ele é capaz de agir na cura mental e em desíquilibrios emocionais.
OFERENDA
Esta oferenda também é aceita pelo João Caveira.
Elementos necessários:
Um alguidar médio
Um marafo (cachaça)
Azeite doce
Azeite de dendê
Vinagre
Farinha de mandioca
Bife ou carne de porco crua
Sete velas vermelhas e pretas.
OBSERVAÇÃO: NESTA OFERENDA PODE SER USADA QUALQUER TIPO DE CARNE DE PORCO, PORÉM, EVITEM POR OSSOS, SEMPRE RETIREM.
MODO DE PREPARO – lave o alguidar com um pouco de marafo, ao secar, ponha farinha de mandioca e misture com azeite de dendê, com a mão esquerda, fazendo uma farofa úmida. Ponha as carnes em cima da farofa, pingue sete gotas de azeite doce e vinagre. Leve ao cemitério ou ao seu assentamento, despeje a cachaça no chão fazendo um círculo e ponha o alguidar, acenda sete velas ao redor e faça seus pedidos a este grandioso chefe de falange.
O vinagre e o azeite doce é opcional, sendo viável verificar se ele aceitará estas opções.
CANTIGA PARA DEMANDAR
Quem deve o Caveira na calunga vai pagar
Quem paga pro Caveira Exu vai te ajudar
PONTO CANTADO DE FORÇA
Quando o galo canta é madrugada
Pro Exu que é Caveira batizado com dendê Rezo uma oração de trás pra frente
Queimo fogo em chamas ardentes Que aquece Exu Laroyê
Eu ouço a gargalhada do diabo É o Caveira enviado do Príncipe Lúcifer
É ele quem comanda o cemitério, catacumba tem mistério. Seu feitiço tem axé ê Caveira.
Ponto riscado
Signo Kabalístico
Imagem extraída do livro – Exu Senhores da magia.
Exu Veludo
Esta entidade representa a resistência, força, e que tem um comprometimento com a verdade. Em contraponto, trata a todos com doçura e delicadeza. É o assistente direto do Exu Rei das Sete Encruzilhadas, sendo a terceira manifestação de Sua Alteza, o Maioral. Exu Veludo possui uma estreita ligação com Lúcifer. Cabalisticamente é conhecido pelo nome de Sagathana.
Na antiguidade, o tecido de veludo, além do uso de cartolas era trajes destinados aos mais nobres. O veludo surgiu no Brasil através dos europeus colonizadores, mas o seu uso foi muito moderado por se tratar de um tecido muito quente e o país ser tropical. O Exu Veludo se veste com requinte, sua bebida preferida é o conhaque e adora charutos. É muito ligado e comportante na ajuda à riqueza material, na prosperidade. Geralmente exige a presença de uma Pomba-gira junto a ele nas festas. Sua evocação é muito apreciada, pois, tem suas forças sempre prontas para proteger à todos que recorrem à sua proteção.
No Reino dos Exus, o Senhor Veludo é visto como um grande político e orador, um homem que lida com os problemas com bastante diplomacia. Esta entidade pode desempenhar um trabalho importante, como um verdadeiro advogado, evitando a pesada inquisição (condenação) do Exu Marabô, no qual seria um Exu que lida com fiscalizações em todos os planos.
Sua apresentação costuma ser de um mais fino cavalheiro, ricamente vestido com um belo traje com gola de veludo, e um fino cachecol de mais pura seda de cor vermelha; também usa uma capa de veludo preta, forra de cetim vermelho, segundo minhas vivências. Os espíritos da falange do Veludo são mestres que se destacam pelo poder persuasivo hipnótico, pela educação e forma polida de agir. Gosta de examinar os charutos e bebidas, mesmo antes de se servir. Costuma preferir que seja servido
numa pequena bandeja. O seu porte, como puderam visualizar é de um fino cavalheiro, mas a sua dissonância é logo verificada, um Exu identificado também por seus “Pés de Cabra”.
Ponto Riscado de Exu Veludo – (Na irradiação de Ogum)
Ponto cantado
Ninguém pode ele, ele pode contudo
Lá na encruzilhada, ele é Exu Veludo
Ninguém pode ele, ele pode contudo
Lá na encruzilhada, ele é Exu Veludo
Ponto cantado II
Auê Exu Veludo seu cabrito deu um berro
Auê Exu Veludo seu cabrito deu um berro
Arrebentou cerca de arame estourou portão de ferro
Arrebentou cerca de arame estourou portão de ferro
Exu Kalunga
Comanda uma legião de dezoito Exus que subcomanda outras entidades, e dentro da Kimbanda ocupa posição como um dos Exus com maiores legiões de espíritos, apresenta-se na forma de um verdadeiro anão. Nas regiões de alto grau de desenvolvimento não atingido, costumam fantasiar a criação de seres fantásticos como “Sacis” e “Duendes”, para cognominar esta entidade Exu Kalunga ou Kalunguinha. O Exu Kalunga está ligado diretamente ao Reino da Praia (o oceano) e das Almas. Assim como o Exu das Almas, Kalunga possui como um de seus objetivos o ato de conduzir as almas das pessoas que desencarnam. Muitos praticantes procuram cultuá-lo no Cruzeiro do Mar. Tem uma enorme ligação e costuma observar marinheiros, pescadores e comerciantes que estão próximos de seu domínio. Também buscam nesses espíritos forças para curar diversos males (doenças físicas e psicológicas) e afastar os inimigos, afinal, os espiritos desta linha são capazes de descarregar emanações fortíssimas que perturbam a mente dos oponentes.
Cabalisticamente é conhecido como “Syrach“.
Seus trabalhos para limpezas energéticas, são bastante eficazes, ele tem a capacidade de aprisionar espítitos em “presídios” submersos.
Seu reduto é entre as duas calungas, embora sua maior zona de atuação é no mar.
Kalunga pequena = Cemitério. Kalunga grande = O mar, o fundo dos oceanos.
Ponto cantado
Imagem: Play of the Nereides (Jogo dos Nereides), 1886 de Arnold Böcklin.-
Eu tô te chamando, ó Calunga!
Pra você vir trabalhar,
Quando eu te vejo, ó Calunga!
Vejo também a sereia do mar.
Eu tô te chamando, ó Calunga!
P’ra você vir trabalhar,
Quando eu te vejo, ó Calunga!
Vejo também a sereia do mar.
Eu tô te chamando, ó Calunga!
P’ra você vir trabalhar,
Chega também a sereia do mar.
Ponto Riscado
Usado para invocar a plenitude de seus poderes. Encontrado no livro Quimbanda Culto da Chama Vermelha e Preta.
Signo Kabalístico encontrado no livro No Reino dos Exus.
Exu Tiriri
Esta entidade gosta das encruzilhadas de terra e de ferrovias, das pedreiras e campos abertos, é o companheiro do Exu Tranca-Ruas e por isto possui idênticas forças de comando.
Ele tem o poder de abrir os caminhos, pois assim como o Tranca-Ruas, ele também é o guardião das encruzilhadas. Sua apresentação costuma de um homem preto, cuja pele corroída pela bexiga (peste), e é bem visível. É um Exu que nos possibilita reaver o que perdemos pela maldade dos outros, ou pela nossa própria incapacidade. Geralmente é evocado para os trabalhos a serem despachados nos campos, nas encruzilhadas, nos rios e as vezes nos cemitérios, embora não seja seu reino
(jurisdição). O mesmo também pertence à linha de Omolu, esta entidade ajuda no retorno da vitalidade e nos proteger de inimigos e feitiços. Fascinante e namorador, é muito poderoso ajudante nas conquistas amorosas e nos trabalhos para proteção dos amantes. Assim como Tranca-Ruas, Tiriri também possui forte influência com as lutas marciais e as forças militares.
Geralmente as linhas, falanges, sub-falanges, costumam possuir acordos, por exemplo, de um Exu de encruzilhada receber magias no cemitério
A palavra Tiriri é atribuída na Cultura Africana ao que é forte, porém também é usada para se referir caminhos..
O nome cabalístico do Exu Tiriri é Fleruty.
Ponto Riscado utilizado para o Exu Tiriri.
CANTIGA
Você não mora onde moro!
Você não viu o que eu vi
Lá no meio do cruzeiro
Ele é o Exu Tiriri
Você não mora onde moro!
Você não viu o que eu vi
Lá no meio do cruzeiro
Salve Exu Tiriri
Tiriri é um belo, belo é belo Exu (X2)
Imagem extraída do livro Trabalhos Práticos de Magia Negra.
Exu Tranca-Rua
Um Exu Guardião poderoso que zela pela guarda nas estradas, e pela porta dos terreiros ou recintos onde se pratica alta magia. Tem uma força muito voltada para defender contra quem nos deseja o mal e de trancar o caminho dos inimigos. Sua posição é um pouco idêntica à do Exu Marabô, possui uma grande responsabilidade no Reino dos Exus. Nas reuniões espirituais ele mantém a proteção, com a sua guarda de choque, contra os Quiumbas, que procuram sempre deturpar o bom andamento dos trabalhos. É por isto que na Umbanda sempre é louvado o Exu Tranca Rua nas aberturas das giras de Exús, para que o ambiente esteja em sua sua proteção. Existem também várias entidades que se apresentam como Exu Tranca Ruas, porém o mais antigo desta falange é o Tranca Ruas das Almas e também temos o Tranca Ruas de Embaé (muitos costumam dizer embaré).
1° Ponto cantado
Eu venho trancando os meus caminhos
Eu vou pedir que alguém me ajude
(Repita os versos acima duas vezes)
Seu povo aclama seu nome
Mas ele é seu Tranca Rua
(Repita os versos acima duas vezes)
Exu Tranca Rua abre meus caminhos
Exu Tranca Rua vem pra me ajudar
Exu Tranca Rua eu aqui pedindo
Exu Tranca Rua leve todo mal
(Repita os versos acima duas vezes)
2° Ponto cantado
É no clarão da lua
Que se vê a rua
(Repita duas vezes os versos acima)
Quando tiver no aperto
Qualquer dor no peito
Chama Tranca Rua
(Repita duas vezes os três versos acima).
Ponto riscado.
Oferenda Exu Tranca-Ruas
Elementos necessários:
Um alguidar médio
Azeite de dendê
Um pano preto
Farinha de mandioca
Duas cebolas
Um bife de boi sem gordura
Uma cachaça
Sete charutos
Sete velas vermelhas e pretas.
MODO DE PREPARO – lave o alguidar com um pouco de cachaça, quando secar enforre o pano preto dentro dele. Misture farinha de mandioca com azeite de dendê fazendo uma farofa um pouco úmida. Refogue o bife no azeite de dendê e ponha por cima da farofa dentro do alguidar, enfeite com rodelas de cebolas em volta. Leve este agrado para uma encruzilhada, despeje um pouco de bebida no chão fazendo um círculo, ponha o alguidar e acenda sete velas vermelhas e pretas e sete charutos, arrumando cada charuto nas bordas do alguidar. Ofereça para o Exu Tranca Ruas e faça seus pedidos.
• Fonte consultada:
MARIA, José. No Reino Dos Exus. 6.ed. Curitiba: Pallas, 2006.
Exu Mangueira
Esta entidade possui uma alta evolução espiritual e exige sutileza no seu trato, pois uma vez invocado, jamais aceita ordens terrenas para ir embora, é necessário que se recorra às entidades superiores para que atendam o pedido. Possui aparição muito rara, é um Exu muito antigo, rude. Sua apresentação é idêntica a de seu companheiro Marabô. Também escreve corretamente o francês. Em suas manifestação em particularidade costuma expelir odor de enxofre. Este Exu aprendia bons charutos e ótimos vinhos.
Oferenda
Elementos necessários:
Um alguidar médio
Dois panos pretos
Um pano vermelho
Sete velas vermelhas e pretas
Sete charutos de ótima marca
Farinha de mandioca
Vinho tinto suave
Sete fatias de manga com casca
Sete bifes de boi sem pele e sem gordura
Dendê.
MODO DE PREPARO – lave a parte de dentro do alguidar com vinho tinto e espere secar, enforre um dos panos pretos dentro do alguidar. Misture com a mão esquerda a farinha de mandioca e o vinho tinto, fazendo uma farofa um pouco úmida, e ponha dentro do alguidar. Refogue os bifes levemente no dendê e ponha-os no alguidar, rodeie em volta com fatias de mangas, vá para um campo aberto ou encruzilhada e despeje um pouco da bebida no chão fazendo um círculo, enforre os panos no chão e ponha o alguidar por cima. Acenda as sete velas e charutos fazendo seus pedidos para o Exu Mangueira, quando terminar, saia sem olhar para trás.
Ponto riscado.
Ponto cantado:
Ventou bem forte e a mangueira nem tremeu (2X)
Quando ouviu sua gargalhada todo mundo estremeceu (2X)
Cuidado gente Exu Mangueira é kimbandeiro (2X)
Exu Rei me dê licença para ele entrar neste terreiro (2X)
Exu criado no meio da bruxaria
É um Exu inquizilado, é melhor tomar cuidado pois sabe tudo de magia
Ventou bem forte e a mangueira nem tremeu (2X)
Quando ouviu sua gargalhada todo mundo estremeceu (2X)
Toma cuidado com aquilo que pedir esse Exu é
poderoso e você vai conseguir
Pense bem antes para não se arrepender
Esse Exu é poderoso ele vai lhe atender (2X)
Ventou bem forte e a mangueira nem tremeu (2X)
Quando ouviu sua gargalhada todo mundo estremeceu (2X)
• Fonte consultada:
MARIA, José. No Reino Dos Exus. 6.ed. Curitiba: Pallas, 2006.
Exu Marabô Toquinho
Esta entidade é um grande mestre de alta magia, tem como objetivo resolver problemas espirituais, físicos e amorosos, utilizando seu conhecida, sua magia. É ágil, extremamente forte, astucioso e muito cumpridor de suas obrigações. Possui um postura elegantemente refinada, aprecia uma boa conversa e bebidas finas.
Ponto riscado
🎵 Ponto Cantado
Exu Marabô Toquinho pedaços em pedacinhos 🎶
No meio da encruzilhada que tu abras meus caminhos 🎶
🎶 O gira de Kimbanda na encruzilhada (2X)
Seu Toquinho toma conta no romper da madrugada 🎶
🎶 Toma conta e presta conta no romper da madrugada.
Exu Marabô
Um dos Exús mais raros de se ver nos dias de hoje, esta entidade é encarregada de fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens aos seus comandos e ainda nos mais diversos planos de sua jurisdição. Tem o prazer de ajudar no tratamento de doenças, considerado um autêntico cavalheiro, se apresenta de forma muito elegante, de falar tranquilamente e pausadamente. Fala e escreve perfeitamente o francês. Quando ele vem em algum médium, pode ainda usar o nome de seu companheiro, que é o Exu Mangueira. Este Exú aprecia bebidas finas e os melhores charutos.
OFERENDA:
⭐ Elementos necessários:
Um alguidar médio
Azeite de dendê
Gin
Farinha de mandioca
Sete bifes de boi sem pele e gordura
Molho de pimenta malagueta
Um pano vermelho
Dois panos pretos
Sete moedas de maior valor ou douradas
Sete charutos de excelente qualidade
Uma caixa de fósforo
Sete velas vermelhas e pretas.
⭐ MODO DE PREPARO – lave o alguidar com um pouco de gin, logo em seguida enforre o pano preto. Misture farinha de mandioca com dendê, fazendo uma farofa um pouco úmida e amarela. Ponha os bifes para refogar levemente no dendê e ponha por cima da farofa, dentro do alguidar. Despeje sete gotas de molho de pimenta, ponha as moedas em volta. Vá em um campo aberto ou em um estrada de terra, de preferência perto de mato, bafore gin sobre o chão e despeje o gin fazendo um círculo, logo em seguida, enforre o pano preto e o vermelho no chão. Acenda sete charutos, jogando bastante fumaça para o alto fazendo seus pedidos, acenda as sete velas, cante e mentalize o Exu Marabô. Ao terminar saia sem olhar para trás, ao chegar em casa, tome um banho de ervas.
🎵 Ponto cantado
No clarão da lua, Exu chegou caminhando na rua 🎶
No clarão da lua, Exu chegou caminhando na rua 🎶
Exu, Exu os seus caminhos são de paz e amor 🎶
Exu, Exu os seus caminhos são de paz e amor 🎶
Exu, Exu os meus caminhos quem protege é Marabô 🎶
🎵 Ponto cantado 2
Ventou num canavial, um trovão lá do céu ecoou 🎶
Ventou num canavial, um trovão lá do céu ecoou 🎶
Salve o reinado de Exu Rei, salve a coroa do Exu Marabô 🎶
Salve o reinado de Exu Rei, salve a coroa do Exu Marabô 🎶
• Fonte consultada:
MARIA, José. No Reino Dos Exus. 6.ed. Curitiba: Pallas, 2006.