Trabalho prático de magia para afastar um parente ou amigo das bebidas e das drogas

Esta magia é voltada ao Exu Sete Porteiras.

Elementos necessários:
✓ Um prato grande
✓ Uma corvina média bem fresquinha e bem firme
✓ Azeite de oliva
✓ Rodelas de tomate, de cebola e de pimentão
✓ Folhas de alface
✓ Vinho tinto.

👉🏼 MODO DE PREPARO – lave bem o peixe, sem escamar e sem retirar as vísceras. Coloque numa panela grande um pouco de azeite, o tomate, a cebola, o pimentão e uma pitadinha bem pequena de sal. Deixe fritar levemente e acrescente o peixe. Dê um cozimento rápido, sem deixar o peixe quebrar ou desmanchar. Forre o prato com folhas de alface e bem lavadas e coloque o peixe, com cuidado. Deixe esfriar e ofereça em uma encruzilhada bem aberta, para Exu Sete Porteiras. Ou, se possível, entregar perto de porteira, que é o local predileto preferido por Exu Sete Porteiras. Borrife em volta do presente um pouco do vinho no peixe e coloque o restante em volta do presente.
Faça seus pedidos com fé e amor que, temos certeza de que seu amigo/parente ou alguém que ama se livrará destes vícios tão amargos.




Influências literárias na Kimbanda

A Kimbanda é uma tradição que no Brasil vira alvo frequentemente de polêmicas entre sacerdotes de matrizes afro-brasileiras sobre as suas práticas e surgimentos, porém não podemos deixar de evidenciar que muitas influências surgiram da literatura brasileira e nesta matéria terei o intuito de esclarecer alguns pontos importantes e se realmente a Kimbanda é o que os sites famosos de pesquisas afirmam.

Texto • Prof. Eduardo Henrique Costa

COMEÇANDO PELO NOME

Kimbanda e Umbanda são separadas apenas por palavras, o objetivo de ambas é voltado para cura. A própria palavra “Kimbanda” é associada diretamente a cura e o sacerdote ou mestre desta tradição é definido como um curandeiro espiritual de um terreiro, sendo esta a prática ancestral, principal de seus praticantes.
Na Umbanda percebemos este mesmo objetivo quando visitamos um terreiro e podemos visualizar ritos como defumações para o bem-estar “pro mal sair e a saúde entrar”, passes espirituais feitos pelas entidades espirituais que possuem a mesma finalidade que o Reiki (envios de energias), benzeções e entre outras práticas que nos leva a refletir que a cura é o princípio da harmonia.

Infelizmente mesmo com tamanhas riquezas a Kimbanda não manteve este significado, ficou conhecida a nível global de forma errônea como “Culto de Magia Negra”, a definição traz uma afirmativa de que as práticas têm caráter maléfico e destrutivo, mas na prática não faz o menor sentido se a Kimbanda é como as pessoas dizem, por que teria caboclos e pretos velhos nesta tradição? E por quê na prática um Exu pode curar de uma doença desconhecida e trazer harmonia em meio aos conflitos? Afinal por quê tamanha separação entre Umbanda e Kimbanda? Cada dia que se passa as pessoas criam mil barreiras para afirmar de quê um umbandista não pode ser um kimbandeiro, pois não daria para ser bom e mal ao mesmo tempo… O pensamento de que Kimbanda é maléfica posso afirmar ser totalmente uma loucura, pois o fato de existir alguém ruim não é culpa da tradição, assim como não é culpa da religião existir pessoas de mau caráter mesmo com códigos morais e tamanhas filosofias.

Esta guerrinha de bem e do mal, é coisa material e do próprio ego e da arrogância. Achar que as entidades de Umbanda luta contra as de Kimbanda é uma tamanha ignorância. Em toda tradição que tenha como finalidade a cura da alma e de locais, pode-se existir a prática da caridade ou do bem, são questões que depende mais do praticante do que da linha, pois não há impedimento.

OLHA A MACUMBA AÍ!

Arthur Ramos (1903 à 1949).

Para entendermos os primeiros conceitos ligados a religiosidade afro-brasileira, podemos citar uma das figuras importantíssima neste processo: Arthur Ramos foi um grande autor, antropólogo brasileiro, médico psiquiatra, psicólogo social, um dos pioneiros que usou da psicanálise para investigar a mentalidade e cultura dos brasileiros, o mesmo apresentou explicações detalhadas sobre a macumba, onde ele foi capaz de observar através de estudos em diversos terreiros que ele pesquisou chegando a conclusão que não existia apenas um tipo de prática, ele definiu que existia diversas linhas, entre elas havia a Umbanda e a Kimbanda, nesta parte conseguimos entender que estas duas também são macumba. Mas a macumba não é uma definição de maldade, é um nome genérico usado para se referir a diversos ritos religiosos que eram praticados por africanos, seus descentes, ex escravizados e era comum ser uma reunião de pessoas pretas. Algo que sempre costuma ter em comum dentro da macumba é o catártico; praticantes que entram em transes, há danças, cantigas, sons de instrumentos, bater palmas… e procuram buscar através destes rituais a cura para os males, seja físicos, psicológicos e espirituais. Posteriormente houve a entrada dos brancos dentro das práticas e quando a Umbanda já estava começando a se formar como religião, esta teve uma enorme participação da classe média, de grupos egocêntricos, puramente racistas para sermos mais exatos, precisavam eliminar estes elementos catárticos e toda prática densa, se aproximando mais do Cristianismo, surgindo aquelas emblemáticas frases “a Umbanda pratica o bem e a Kimbanda pratica o mal”, criando um enorme muro que separava a Umbanda da Kimbanda, porque os umbandistas da época estavam preocupados em ser mais aceitos pelos europeus e queriam eliminar tudo que fosse provocar afrontas ao Cristianismo e podemos perceber que a entrada do Espiritismo Kadercista dentro da Umbanda, também foi algo que era muito mais aceito pelas pessoas, não chegando a tais níveis de exclusões da sociedade como era com a macumba no geral. A Umbanda limitou seu culto aos Exús e Pombas Giras, ficando a Kimbanda responsável por mais expressiva profundidade no culto destes seres. Mas isto não significa que toda Kimbanda não teve influência da cultura européia, e logo seremos capazes de perceber um exemplo emblemático praticado por algumas.
A ideia do bem não estava apenas associada às condutas, mas a qual cor fisicamente se tinha, não é atoa que o negro era sempre visto como um ser de maldades e o branco como “detentor da paz”, caso ache isto um exagero, visite algumas lojas de artigos religiosos de Umbanda e pasme ao reparar imagens de deuses negros com cor branca, diga-se de passagem eu costumo até mesmo dizer que se o Cristo não tivesse suas imagens como um europeu, quase ruivo, dificilmente seria visto como algo santo… Retornando ao assunto: diferente da Umbanda, a Kimbanda não aceitou ceder as pressões do Cristianismo e até hoje é vista como algo afrontoso, maléfico, ou como muitos chamam depois da separação com a Umbanda e Kimbanda como “linha de esquerda”. Para os caros leitores e alunos possam entender da melhor forma, um Preto Velho pode se manifestar pela direita ou pela esquerda, porque isto não é uma lei espiritual, é algo criado pelos humanos para definir o que era do bem, mas as entidades mostrava cada vez mais que isto não fazia sentido. Não podemos dizer que foi apenas um único tipo de macumba influenciada por este conceito, percebemos que houve várias, como por exemplo, Culto da Jurema Sagrada e o Catimbó, até mesmo nas religiões com influências xamânicas vemos algumas consideradas de direita por terem santos católicos, rezas do Pai Nosso e as práticas que não tem, como linha de esquerda ou “fundo”.

Para visualizar em um melhor tamanho, clique em cima da imagem.

Disponível em: Google. Acesso: 7/10/2023.

Você já andou pela rua e viu pessoas afirmando de quê “se a macumba fosse bom, seu nome não seria má – cumba”… Toda vez que alguém diz isto eu vejo que falta estudar história, português entre outras matérias que faria não cometer tamanha babaquice.

Imagem: Extraida da internet. Conteúdo do ano de 1941.

E você já se perguntou quem é que foi o autor que trouxe este argumento da Kimbanda como maldade e Umbanda como bondade? Porque tudo costuma ter uma origem ou influência de alguém e de acordo com os meus estudos: foi Lourenço Braga em 1941, na sétima sessão do primeiro Congresso Espírita de Umbanda.
Braga apresentou conceitos de que os trabalhos para fins benéficos estavam contidos na Umbanda e na Kimbanda seria os que fossem para fins maléficos, posteriormente esta representação feita foi o motivo de surgimento de seu livro “Umbanda (Magia Branca) e Quimbanda (Magia Negra)“, publicado no ano de 1942, podemos defini-lo como um dos primeiros autores a impregnar estes conceitos de linhas do bem e do mal.
Antes da publicação do livro de Lourenço Braga, já existia afirmações sobre magia branca para o bem e magia negra ser para o mal, através do autor Noel de Souza sobre as sete linhas de Umbanda (por volta do ano de 1938), trazendo relatos em seus jornais.

Livro de Lourenço Braga.

Quando paro para refletir sobre o que Braga viu de tão mal na Kimbanda, na verdade não se tratava da tradição, era as pessoas que buscavam os terreiros para pedir coisas materiais… E com os sucessos de vendas de seu livro, o Cristianismo ganhou tantas forças que houve o lançamento de um livro no ano de 1952 de um famigerado Aluizio Fontenelle , onde o título de seu livro foi “Exu”. Vejamos;

Livro lançado pela editora Espiritualista no ano de 1975.

Em seu livro ele comparou as entidades que vinha na Kimbanda com os seres da Goetia, além de colocar tacitamente Exú como o próprio Diabo, aquele que se encontra contido no imaginário popular: que usa chifres, rabos, espeta pessoas e foi condenado a vagar pelo mundo. Fontenelle usou de diversas páginas para dizer sobre si mesmo no que ele se autoavaliou como alguém muito sábio capaz de julgar as entidades e defini-las, Fontenelle de forma absurda nega a própria origem da palavra Exú e afirma que não tinha vindo da África, desta maluquice nasceu os pensamentos de que Exú era o nome que estava na Bíblia dos cristãos. Como se não bastasse, o mesmo afirmou que este nome tinha sido dito por Deus numa língua (não conhecida pelos humanos) e estas babaquices de teorias sem nenhuma fundamentação básica, infelizmente é copiada até os dias atuais. Uma certa vez no ano de 2018, conversei com um rapaz que se dizia mestre em Kimbanda, o mesmo me disse que Exú estava nas escrituras em hebraico, me causou estranheza pois eu sou um pesquisador e especialista no idioma hebraico, e disse que encontraria com o nome de “Yesú”, talvez ele tenha desenvolvido este pensamento ilusório graças a Fontenelle. O que muito podemos perceber na Macumba é que muitas definições vinham do misticismo popular, e trouxeram de tal forma o Diabo para dentro da Macumba, que em pleno século vinte e um, há macumbeiros que até acham que estão cultuando o Diabo, infelizmente.

Oras, não estou aqui para condenar aqueles que cultuam o Diabo, apenas estou trazendo fontes de pesquisas que explicam de onde veio certos textos muitos idênticos no qual conhecemos nos dias atuais: Quimbanda, o lado negativo da Umbanda. Reitero que boa parte dos preconceitos com a macumba é ligado a cor sim! Tanto que no próprio folclore brasileiro, há pessoas que acreditam que o Saci Pererê é o próprio Diabo, mas afinal por quê isto? Tem personagens muito mais levados do que ele, mas veja, o Saci é…? Preto!…

Aluizio Fontenelle fez diversas comparações e colocou Exú como o próprio pecado original e que teria tentado Eva e Adão no Paraíso, o autor ainda relata sobre uma rebelião causada por Lúcifer e que o povo expulso era “Exud” uma língua que apenas ele sabia (risos), concluindo em suas teorias de que estes seres foram condenados a viver nas profundezas da Terra, levando a entender que existe Exús na Terra por conta de uma maldição lançada pelo próprio Deus. É bem provável que ele tenha sido um cristão, pois fez muitas referências a Trindade, saudando em seu livro, esta ideia foi copiada por diversos autores posteriormente e que fez muitos sincretizarem os Exús com os Daimons da Goetia.

Afirmar que Exú é um demônio, é a mesma coisa que dizer que Ogum é São Jorge, são apenas comparações, mas não significa que é tudo igual. Expresso meu pensamento de que o sincretismo ele não é ruim exatamente, mas quando ele se junta e acha que tudo é uma coisa só, acabamos perdendo a essência, as raízes de nossa cultura. Mas e a Kimbanda que muitos chamam de Luciferiana? Seria coisa do capeta? Sem muitos rodeios, se fomos analisar a palavra “Lúcifer” de forma básica significa o portador da luz, em algumas culturas citam este nome como de um deus Vênus, também houve muitas pessoas em épocas antigas com o nome de Lúcifer, assim como existiu diversos com o nome de São Cipriano. Há certas coisas que são simples de entender, mas as pessoas gostem de complicar.




Trabalho prático com Exu Sete Porteiras para abrir os caminhos e ajudar a conseguir um emprego

Este feitiço é voltado ao Exu Sete Porteiras.

👉 Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Um pedaço de morim
✓ Farinha de mandioca
✓ Um charuto
✓ Uma cachaça de boa qualidade
✓ Uma vela branca e vermelha
✓ Uma maçã verde
✓ Sete chaves de cera
✓ Azeite de oliva.

👉 MODO DE PREPARO – misture com as pontas dos dedos a farinha e o azeite, fazendo uma farofa um pouco úmida. Forre o alguidar com o pano e coloque a farofa dentro. Lave e seque a maçã, corte em rodelas enfeitando a farofa a seu gosto. Passe as chaves pelo seu corpo, de baixo para cima, e ponha em cima do presente. Leve-o para um campo aberto, bem bonito, se possível próximo a uma porteira ou a um portão. Acenda a vela d o charuto, fazendo seus pedidos e oferecendo a Exu Sete Porteiras. Borrife um pouco de cachaça no presente e jogue o restante ao redor.




Trabalho prático de magia para afastar tristeza, melancolia e solidão

Este feitiço é voltado ao Exu Sete Facadas.

Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Charuto
✓ Folhas de alface
✓ Farinha de mandioca
✓ Sete espetos para churrasquinho
✓ Um pedaço de bacon
✓ Sete pedaços de linguiça
✓ Sete pedaços pequenos de carne bovina
✓ Sete cebolas, pequenas, descascadas
✓ Pimentão verde
✓ Azeite de oliva
✓ Whisky.

MODO DE PREPARO – lave o alguidar com um pouco de bebida alcoólica e espere secar. Enfeite o alguidar com as folhas de alface e coloque no centro uma farofa feita com as mãos , misturando a farinha, um pouquinho de sal e pedacinhos de bacon. Faça sete espetinhos com um pedaço de carne bovina, bacon e linguiça. Frite ou prepare na brasa, deixando malpassado. Coloque as cebolas na farofa e finque em cada cebola um espetinho. Em volta coloque rodelas de pimentão verde, enfeitando com os ramos de trigo, para prosperidade, e regue com um pouco de azeite. Leve a uma encruzilhada de terra, borrife como whisky, acenda o charuto e faça seus pedidos a Exu Sete Facadas.

OBSERVAÇÕES: Diversas destas oferendas para Exu Sete Facadas, é um pouco parecida com as que são ofertadas para os Malandros.




Trabalho prático de magia para não deixar faltar o alimento na sua mesa, ajudar no sustento de sua família

Este feitiço é pertencente ao Exu Sete Facadas.

Elementos necessários:
✓ Um prato bonito e colorido
✓ Azeite de oliva
✓ Vinagre
✓ Fatias de bacon frito
✓ Jiló
✓ Salsa picadinha
✓ Tomate
✓ Cebola
✓ Pimentão
✓ Azeitonas verdes.

👉🏼 MODO DE PREPARO – cozinhe o jiló inteiro em água e uma pitadinha de sal. Retire do fogo e coloque no prato, enfeitando com as fatias de bacon fritas e a salsa picada. Leve para uma encruzilhada ou para uma estrada longa. Coloque ao lado do prato uma vasilha com molho à campanha feito com tomate, cebola, pimentão e azeitonas picadas, misturadas com uma pitadinha de sal, vinagre e azeite. Peça com fé e ofereça ao Senhor Sete Facadas.




Trabalho prático de magia para trazer força, segurança e proteção em suas viagens e também no seu dia a dia

Este feitiço é ligado ao Exu Sete Facadas

Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Um pedaço de pano vermelho de boa
qualidade
✓ Farinha de mandioca, grossa, crua
✓ Duas cebolas
✓ Um pedaço de bacon
✓ Azeitonas pretas e verdes
✓ Um peixe pargo, vermelho, cioba ou corvina
✓ Folhas de couve
✓ Uma vela preta e vermelha
✓ Charuto
✓ Vermute.

👉🏼 MODO DE PREPARO – lave a parte de dentro do alguidar, com um pouco de bebida alcoólica e espere secar. Forre o alguidar com o pano vermelho. Leve ao fogo o azeite e o bacon e deixe fritar um pouco. Acrescente a farinha, mexa bem, coloque rodelas grossas de cebolas e as azeitonas. Deixe esfriar e ponha no alguidar. Lave o peixe, sem abrir ou escamar, e dê um cozimento rápido com azeite, sem mexer, para não quebrar ou ferir o peixe. Retire com cuidado e ponha no centro da farofa, na horizontal. Enfeite com as folhas de couve, nas laterais. Leve para uma encruzilhada de terra, afastada do perímetro urbano, acenda a vela e o charuto, fazendo seus pedidos a Exu Sete Facadas. Coloque um pouco de vermute no presente e regue ao redor com o restante da bebida, sempre fazendo seus pedidos, com muita fé.




Trabalho prático de magia para trazer sorte, sucesso e movimento ao seu comércio

Este feitiço é voltado ao Exu Sete Facadas.

Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Charuto
✓ Whisky
✓ Um pedaço de pano preto
✓ Um pedaço de pano vermelho
✓ Folhas de alface
✓ Um frango assado recheado com farofa de bacon
✓ Sete faquinhas, pequenas, de cabo branco (de preferência de madeira)
✓ Azeitonas verdes e pretas
✓ Fatias de presunto.

MODO DE PREPARO – lave o alguidar com um pouco de whisky e espere secar. Forre o alguidarcom o pano preto e vermelho por cima, em formato de X. Coloque o frango no centro, enterre as faquinhas no frango, enfeite com as azeitonas e ponha em volta as fatias de presunto, arrumando tudo muito bem, pois Exu Sete Facadas é muito rigoroso em suas oferendas; ele gosta de refinamento de requinte. Leve para uma encruzilhada em uma estrada longa de terra, que leve para locais prósperos. Ponha em uma das esquinas, regue com um pouco de Whisky, se quiser tome também um gole e jogue o restante em volta do presente, acenda o charuto e faça seus pedidos.




Trabalho prático de magia com Exu Cainana para clarear e trazer ajuda em problemas de saúde

Este feitiço é voltado ao Exu Cainana.

👉 Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Vinho branco
✓ Um charuto
✓ Uma vela azul
✓ Azeitonas verdes
✓ Uma cebola grande
✓ Miúdos de frango bem lavados
✓ Óleo de amêndoas
✓ Azeite de oliva.

👉 MODO DE PREPARO – faça com as pontas dos dedos uma farofa úmida, misturando a farinha, o azeite e o óleo de amêndoas. Coloque no alguidar. Em uma panela, doure a cebola, ralada ou bem-picada, no azeite. A seguir, acrescente os miúdos e deixe os miúdos e deixe dar um rápido cozimento, ficando bem sequinho. Depois, coloque em cima da farofa e enfeite ao redor com azeitonas verdes.
Entregue numa encruzilhada ou numa estrada de terra e faça seus pedidos. Acenda a vela e o charuto e despeje o vinho em volta do presente, chamando por Exu Cainana pedindo a sua ajuda.




Trabalho prático de magia com Exu Cainana para livrar de traições (pessoais, amorosas)

Este feitiço é dedicado ao Exu Cainana.

Elementos necessários:
✓ Um alguidar médio
✓ Um pedaço de pano vermelho
✓ Vinho branco seco
✓ Um charuto
✓ Uma vela branca, uma vermelha, uma azul, uma verde
✓ Um bife de fígado
✓ Azeite de oliva
✓ Mel de abelhas
✓ Uma maçã sem casca ralada
✓ Uma pera sem casca ralada
✓ Um pacote de milharina ou farinha-d’água.

MODO DE PREPARO – forre o alguidar com o pano vermelho. Misture a milharina ou farinha-d’água, a pera e a maçã, o mel, o azeite e faça, com as pontas dos dedos, uma farofa um pouco úmida. Coloque no pano. Frite rapidamente o bife de fígado e ponha em cima da farofa. Leve para uma estrada ou para uma encruzilhada e acenda o charuto, fazendo seus pedidos a Exu Cainana. Acenda as velas ao redor do alguidar e ofereça a bebida num copo ao lado.




A Linha dos Caboclos Quimbandeiros e sua ligação com o Catimbó

A Linha dos Caboclos Quimbandeiros é uma das mais profundamente ligadas ao Catimbó — tradição espiritual de raízes indígenas e afro-brasileiras. Não é por acaso que muitas cantigas, lendas e fundamentos demonstram essa forte aproximação entre as duas práticas.

Essa linha é formada por espíritos de antigos índios americanos que, em vida, foram grandes feiticeiros, curadores e guerreiros. São reconhecidos por seu vasto conhecimento sobre a medicina da floresta e os mistérios que envolvem as ervas, as pedras e os elementos naturais das matas.

 

Imagem: Lokis Gezüch – Emil Doepler.

Um sonho e a revelação simbólica

Em 2017, enquanto criava conteúdos sobre os Exus que compõem essa linha, tive um sonho marcante. Nele, atravessava um povoado de guerreiros indígenas quando, de uma grande árvore, descia uma serpente idêntica à da imagem acima.

O curioso é que, tanto eu quanto os indígenas do sonho, saudavam e reverenciavam a serpente como uma divindade. Mais tarde, ao pesquisar sobre o animal, descobri que era a cobra-cainana — exatamente igual à vista em sonho. O episódio foi interpretado como um sinal da presença de um espírito encantado da floresta, identificado com as entidades conhecidas como Exu Cainana e Exu Cobra, entre outros nomes ligados aos elementos naturais.

 

Vozes ancestrais e mistérios das matas

Muitos espíritos dessa linha apresentam voz grave e gutural durante as manifestações espirituais. Quando incorporados em médiuns, é comum misturarem palavras em línguas nativas com o português regional. São entidades reservadas, que não gostam de ser observadas de perto e evitam o uso de palavreado vulgar, preservando uma postura respeitosa e serena.

Existe um equívoco frequente entre os iniciantes: acreditar que entidades com nomes de animais são literalmente representações dessas criaturas. Na verdade, os nomes expressam a ligação espiritual e simbólica com o animal, refletindo seu comportamento, poder e essência. Exemplos dessa simbologia são Exu Pantera Negra, Exu Cobra e Exu Cainana.

Essas entidades são consideradas especialistas em trabalhos de cura, proteção e desobsessão espiritual, atuando na defesa dos caminhos e na restauração da harmonia entre corpo e espírito.

Entidades que compõem a Linha dos Caboclos Quimbandeiros

A seguir, a descrição das principais entidades que integram essa poderosa corrente espiritual dentro da Kimbanda:

 

• Exu Pantera Negra (Chefe da Linha)

Símbolo de força e justiça, está ligado às guerras espirituais e à disciplina. Na Linha dos Caboclos, é uma entidade extremamente respeitada. Muitos de seus subordinados aceitam oferendas semelhantes às de seu chefe, que valoriza a retidão e o equilíbrio entre o bem e o rigor.

 

• Exu Sete Cachoeiras

Conhecido cabalisticamente como Khil, é o quarto comandado do Exu Calunga. Sua atuação é associada às forças das águas e das cachoeiras, e acredita-se que seja responsável por abalos sísmicos no plano espiritual. Aprecia charutos pretos e tem como oferenda favorita a galinha-d’angola recheada com farofa de azeite-de-dendê.

 

• Exu Tronqueira

De nome cabalístico Clistheret, é o sexto comandado do Exu Calunga. Atua como guardião das estradas e dos caminhos, protegendo fronteiras espirituais e físicas. É conhecido por influenciar a troca do dia pela noite, especialmente entre jogadores e boêmios. Dentro da Kimbanda, é invocado para proteger terreiros e templos.

 

• Exu das Sete Poeiras

Cabalisticamente chamado Silcharde, ocupa o sétimo posto sob o comando de Exu Calunga. Seu poder desperta a imaginação e conduz visões espirituais relacionadas aos reinos animais. É o guardião das trilhas, matas e becos, e manifesta-se como um duende de roupagem cinza-escuro.

 

• Exu das Matas

Possui o nome cabalístico Hicpacth e ocupa o nono lugar entre os comandados de Exu Calunga. Atua nos trabalhos realizados nas matas e é procurado em casos amorosos, especialmente quando se deseja o retorno de uma pessoa amada. Está intimamente ligado à natureza e às forças da terra.

 

• Exu das Sete Pedras

Conhecido pelo nome cabalístico Humots, é o décimo comandado do Exu Calunga. Considerado um grande mago da magia universal, é responsável por conhecimentos ligados à Alta Magia, aos tarôs, signos zodiacais, calendários esotéricos, numerologia e simbologias ocultas. Possui grande poder de transmissão e comunicação espiritual.

 

• Exu do Cheiro (ou Exu Cheiroso)

Seu nome cabalístico é Aglasis, e ele comanda uma falange composta por mais de 49 Exus. Seu nome vem da forma singular como se manifesta, exalando aromas agradáveis ou desagradáveis, conforme o tipo de trabalho realizado. Costuma se apresentar em forma humana, envolto por uma camada fluídica. Pertence à Linha de Omolu e é supervisionado por Exu Caveira. Recebe oferendas preferencialmente em jardins ou locais floridos.

• Exu Pedra Negra

De nome cabalístico Claunech, é o sexto comandado de Exu Calunga (Sirach). Aparece sob a forma de um cavalheiro elegante e atua especialmente em questões financeiras, sendo protetor da riqueza e dos que enfrentam dificuldades econômicas. Também é conhecido por ajudar na descoberta de tesouros ocultos. Em oferendas, aprecia vinhos tintos com mel e frutas escuras, como o jamelão.

 

• Pomba Gira da Figueira

Esta entidade lidera uma legião de espíritos femininos antigos, que viveram há milênios na Terra e alcançaram alto grau de discernimento espiritual. É considerada a protetora das raízes do culto, responsável por zelar pela tradição e pela força ancestral feminina dentro da Kimbanda.

Conclusão

A Linha dos Caboclos Quimbandeiros representa um elo profundo entre a espiritualidade ancestral, a força da natureza e a sabedoria mística. Suas entidades refletem o equilíbrio entre poder e serenidade, conhecimento e mistério, reafirmando o papel dos povos indígenas e afro-brasileiros na formação das tradições espirituais do país.